sexta-feira, 30 de abril de 2010

É de amor e de tumor

E quando se apaixonava, nunca era pela metade. Se era pra amar, que fosse por inteiro. Se doava cegamente ao amor, achando tudo lindo na pessoa amada.
Sobre sexo, não. Não o interessava muito. Achava bonito de se ver, até gostava de fazer um pouco, às vezes. Mas para amar como num romance de Jane Austen, sexo era mesmo assunto desnecessário. Amar era coisa séria, como os amores românticos do Séc. XIX.
E, talvez, para combinar com o amor de época, a cada vez que era abandonado nascia-lhe na face um grande e tenebroso tumor. A coisa, que se instalava nele por aproximadamente um mês, lhe tirava o sono. Doía, dava febre, o fazia tomar antibióticos super fortes e ainda o impedia de ter uma vida normal. E andava se esgueirando pelos cantos, na tentativa de esconder o maldito que ficava estampado em seu lindo rosto de querubim. Sofria duplamente então, para esquecer mais um dos amores de sua vida e para tentar melhorar a pústula facial, que recebia carinhosamente o nome da falecida. Quando alguém perguntava: "o que é isso em seu rosto?" Ele bravamente respondia: "É Laura, que se foi", "É Joana, aquela bastarda". E por aí vai...As pessoas baixavam a cabeça e mudavam de assunto.
Até hoje, se não me engano, já foram 7 desastres faciais. Todos devidamente tratados em clínicas pagas, porque vocês sabem que não há espaço para dor de amor no SUS. Porém, uma, somente uma deixou cicatriz. A primeira, que volta e meia ele ainda passa o dedo e se arrepia todo ao pensar.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

É o amor teimoso que me habita.

Mudar de assunto e falar agora de (des)amor, não o meu. O de vocês. Vou abrir o verbo, claro...camuflando nomes, datas, locais, formas...quem quiser que eu coloque alguma história aqui é só enviar pra meu email.

Entrego-vos a cabeça ao corte

Ainda não contente, Pablo propõe a derrubada em praça pública de João Ricardo, o moço da Cultura de Fortaleza (sic!). Mesmo assim, depois da derrubada do rapaz, foi compartilhar com ele em pré-carnaval de bairro conhecido da cidade. No retorno para residência de Scarlet, ainda pararam em frente ao Quilombo dos Marechais para fotografia afro/exótica.
Em casa de Scarlet os nomes se sucediam como uma patuscada, eram cantores minhoca, atores em decadência, fashionistas losers, atores palhaços, pessoas onipresentes com tendências a celebridades out do momento...o interessante era perceber que todos, ou quase todos tinham dois nomes próprios, como por exemplo: Roberto Carlos (este meu bem, nem como muito esforço vai pra guilhotina. A mãe morreu e ele foi pra NY).
E...para terminar a sessão de quedas/derrubadas e guilhotinadas, deixo com vocês a máxima de Hélio (O Oiticica): "Guilhotinar estranhos, mesmo que do maior desprezo dos seus amigos, não tem o mesmo sabor".
Entrego-vos a cabeça ao corte.

Carlos Emílio

Pablo diz que quem lembrar do Carlos Emílio tem direito a uma guilhotinada extra. Não, eu não sei quem é essa pessoa. Alguém aí sabe?

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Foram enquadrados em vários artigos

Após Caetano cair naquele show:

29.01.2010
HÉLIO (O OITICICA) - Posso derrubar gringo? Derrubaria Mercedes Sosa.

SCARLET - Ando encantada com a ideia de uma grande guilhotina no lugar da torre do relógio na Praça do Ferreira. Campanha: guilhotina no lugar do relógio!!!

PABLO - Acho digno, pessoas poderiam perder a cabeça no fim de tarde, sairíamos do do trabalho e tomaríamos um chopp, enquanto o carrasco mandava ver.

MARINA57 - quem seria o primeiro na guilhotina da Praça do Ferreira?

BEATRIX - O xxx, aquele poeta e louco. Ele já tá mais pra lá do que pra cá mesmo.

MARINA57 - Aquele outro, que vende os poemas dele e pede cigarros...e cervejas...e ainda acha ruim quando as pessoas não gostam do que ele escreve...como é mesmo o nome dele? XXX alguma coisa.

BEATRIX - Faremos filas de poetas cearenses decadentes pra guilhotina.
PABLO - Queria muito guilhotinar o o XXX dos XXX, alguém conhece? É um neguim chato pra caralho que detesta pessoas felizes que gostam de fazer compras.

MARINA57 - Que tal só um susto? Mas nãoao precisa terminar o fato.

HÉLIO (O OITICICA) - Tentando ser humano, acho maldade guilhotinar o "neguim". Será que guilhotina não seria demais pra ele??!!
Tem aquele outro poeta seboso lá do Dragão, o tal chato que fica vendendo os mesmos "poemas" desde 1992 e que é amigo do XXX, claro. Aliás, o festival começaria bem com um pacote de poetas de rua guilhotinados.

SCARLET - Sou a favor da guilhotina geral e irrestrita. Só defendo família e alguns amigos. No mais, ninguém me fará falta! Isso inclui qualquer artista vivo e qualquer coisa que respire! E uns shows rolariam enquanto a lâmina gigantesca e reluzente desceria rumo ao pescoço dos artistas e congêneres...Imaginando as pessoas loucas vendendo réplicas em miniatura da guilhotina para os turistas extasiados. Uma verdadeira apoteose!!! E, claro, as cabeças ficariam naquele buraco vizinho à torre como o bode iô-iô fica no Museu do Ceará.

HÉLIO (O OITICICA) - Eu passaria a guilhotina também no bode iôiô e no Museu do Ceará, também na história do Ceará que é tão pífia que cabe num museu do tamanho da Livraria Lua Nova.

Sobre Deus e o Shalom

29.01.10

Pablo - Gosto muito de Deus e de alguns santos, mas detesto missas e pessoas que a frequentam.
Beatrix - Quando bebi a água benta de Padre Francisco fiquei indo ao banheiro direito pra fazer pips, acho que era o cão saindo de dentro de mim. Depois me senti leve, leve.
Scarlet - Não sei de onde Pablo, o cara que apóia e acha natural traficar órgãos retirados de pessoas vivas, tirou essa ideia sobre a minha ida ao shalom. a não ser que o plano de colocar bombas nas igrejas e locais de reunião da renovação carismática se inicie nessa citada quinta-feira santa.
Beatrix - Alto lá. Eu sou a melhor pessoa da lista, pois ao contrário de vocês nunca quis matar ninguém.
Pablo - PS: Iremos jogar bombas de origens alemãs nos Shalons. PQP, pessoas, Só NSF (Nossa Senhora de Fátima) Sabe.

Caso de internação ou prisão?

Ando muito preocupada com a sanidade mental de alguns amigos.

29 de janeiro de 2010

Beatrix diz (12:04):
Haiti denuncia tráfico de crianças e órgãos após terremoto
"Há tráfico de órgãos para crianças e outras pessoas, porque existe uma necessidade para todo tipo de órgãos", afirmou o primeiro-ministro do Haiti.

Pablo diz (12:05):
acho ótimo que isso esteja acontecendo.

Beatrix diz (12:05):
tá louco?

Pablo diz (12:06):
os órgaos estão lá, é só usar.

Desde quando inferno é astral?

Hoje começa meu inferno astral. Segundo Marina57, "o melhor do inferno astral é a certeza que ele passa assim que termina o dia do seu niver". Não sei se acredito em inferno astral, mas de todo modo isto não foi muito tranquilizador. O fato é q de hoje até o próximo dia 26, tudo que acontecer de ruim será creditado ao tal do período contraditório. Como é que um inferno pode ser astral.
Enquanto isso, estou esperando a lista de convidados do aniversário de Pablo (que também deve tá no tal do momento astral ruim)para vetar alguns nomes. Antes de ler a lista, Marina57 já vetou o nome do "rapaz estranho". Meu veto também vai pra ele.

P.S.: Os nomes citados são pseudônimos. Deixo a criatividade de vocês para tentar descobrir quem é quem.

sobre o parangolé

http://www2.uol.com.br/antoniocicero/parangole.html

O PARANGOLÉ1

Hélio Oiticica chamava o Parangolé de "antiarte por excelência".2 Trata--se de uma espécie de capa (lembra ainda bandeira, estandarte, tenda) que não desfralda plenamente seus tons, cores, formas, texturas, grafismos ou as impregnações dos seus suportes materiais (pano, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, esteira) senão a partir dos movimentos -- da dança -- de alguém que a vista. O Parangolé foi descoberto (é a palavra que Hélio emprega) em 1964. Muita coisa tem sido dita sobre esse estranho objeto e em particular as palavras de Waly Salomão são admiráveis: "O primeiro Parangolé foi calcado na visão de um pária da família humana que transformava o lixo que catava nas ruas num conglomerado de pertences". 3Quero porém observar o Parangolé em primeiro lugar como parte do processo brasileiro de radicalização do construtivismo.